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Mostrando postagens de junho 7, 2016

Uma nota sobre ausência.

Foi na estação de trem, nos parques, ao celular. Em cada ruazinha em que a gente passava, nos carros, e até com a sua mãe ao lado. Te amei em casa um daqueles lugares, com todo coração que eu podia dar. Não eram os beijos, não foram seus encontros, era o contrário. O desencontro e a dor do fim do dia. A demora de cada metrô que não era o seu, era a espera no fim da tarde. Desculpa eu te amar demais. Desculpa a pressão, desculpa o gosto por te ter ao lado. Não queria fazer mal, só nunca entendi esse lance de amor comedido. 

(antes escrevia poemas, hoje em dia só escrevo você)

No pior dos casos, eu diria se tratar de amor. Daqueles que se custa a aceitar, por motivo algum, bem sei, mas que te domina interinha. Chega a ser estranho esse efeito que você causa. De me fazer achar tempo na rotina, andar sorrindo pros dias cinzas, encostar meu rosto no seu peito e sentir que já alcancei o mundo. Se eu pudesse prever qualquer coisa exatos 97 dias atrás (coincidentemente, a data em que você resolveu apostar em mim) eu diria tudo, tudo, menos que estaríamos onde estamos. Eu já me quebrei demais, fui quebrada, me atirei fundo em amores rasos me sentindo cheia, entreguei o que eu tinha de melhor a quem só me dava o mesmo que oferecia pro mundo, nunca o bastante. Quando a gente se encontrou, eu andava em corda bamba embora ao mesmo tempo sentisse ter tudo. Os aplausos do público e o ritmo da banda; as risadas, as fotografias. Todavia, ali no meu eu já sabia que a qualquer momento, se eu não prestasse atenção o bastante pra cada pequeno passo que eu dava, poria tudo a p...
"Torna-te quem tu és" - Píndaro