Obrigada, Carol.

Em uma tarde de 2017 eu ouvi algo que me parou. E eu fiquei assim, parada, por quase um dia todo. Já era final da tarde quando ouvi e encerrei aquele dia ali, sozinha. Eu e meu violão repetindo incansavelmente uma mesma música tal qual um disco riscado que esqueceu como funcionar. Não era possível. Mas era. Eu acordei no outro dia e continuava sendo verdade, continuava sendo verdade! Mas não podia ser. As horas iam passando e eu só precisava que minha mãe chegasse em casa. Eu não conseguia falar, estava há quase um dia sem falar. Se eu falasse ia ver que era verdade, e não podia. Eu acordei, tomei café, me arrumei, penteei os cabelos e fiquei esperando minha mãe chegar no horário que ela sempre chegava porque ela iria entender ou me dizer que não podia ser real. No momento em que minha mãe chegou eu já estava aflita e ninguém entendia nada. Disse à ela que a Carol - aquela minha amiga com quem tomamos café no dia do Sarau - a Carol mãe, de cabelo enroladinho, cheia de express...