não faz sentido regar uma flor que já morreu.
Que talvez seja um outro modo de dizer aquela famosa frase "onde não puderes amar, não se demores".
Fato é que eu estou repetindo essas duas frases pra mim mesma desde que li a do título hoje mais cedo e logo me lembrei da que escrevi ali na primeira linha. A gente é bobo, né? Pensa que vai morrer, que o mundo acabou. Ninguém morre de amor, mas talvez morra um pouquinho cada vez que se conforma em viver onde não podemos fazer casa, onde a gente se sente sempre a visita que precisa perguntar se pode abrir a geladeira.
Eu quero deitar no sofá e acordar com um cobertor nos meus pés. Quero que a gente pense juntos sobre onde podemos ir no feriado que vem. Quero acordar numa manhã de sábado e tomar um café da manhã bem demorado. Quero cozinhar junto com você no domingo e tudo bem se o resultado não ficar tão bom assim. Quero que a gente cogite os nomes dos possíveis filhos que a gente nem sabe quando e nem se quer ter. Só porque a gente quer, porque é legal pensar em dividir pra sempre algo além da vida. Quero que a gente faça uma oração juntos, todo dia, se der. Eu sou aquela que vai te apressar pra gente não chegar atrasados outra vez no culto do domingo. Se você tiver um violão, vou amar gastar tardes e noites fingindo que somos uma banda completa, fazendo e assistindo nosso próprio show. Quero sonhar e ouvir seus sonhos também. Quero ver a gente se organizando pra tudo virar realidade e também pra se apoiar nos momentos em que tudo der errado, pra lembrar que Deus é bom não importa o tempo.
Não sei quando você vem, se vem. Ate lá, eu escolho descansar nos braços do maior amor que já conheci. Tomara que você já o conheça também, que tenha o que me ensinar, e ao mesmo tempo que também não esteja me procurando. Mas tomara que a gente se encontre mesmo assim, tomara mesmo. Iria amar te conhecer. Até lá, se cuida daí que me cuido daqui. E confia que o Pai cuida de nós dois.
Com amor,
da Ana do presente pra você que vou encontrar no futuro.
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